quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

POESIA


Último Adeus

DOIS ANOS DEPOIS.............
Felicidade caluniosa,
Uma prisão sem saída.
O mundo gira ao contrário,
Em sentido anti-horário,
Mostrando às suas sombras
O medo e a culpa.

Por que não arriscar, se o vento é infinito?
Por que não comprovar que o tempo rege o destino?

A vida é uma ampulheta,
Que passa pelo 'acro' da 'bio'...
A língua morta, torta, imortal,
Assim como minhas perspectivas
De viver mais um segundo
Nesse mundo de tentativas.

Já não consigo distinguir o certo do errado,
Por isso, a cada dia,
Tenho apagado as marcas que em mim ficaram...
E quando achava que sorria,
Vocês me enterraram.

Está tudo escuro!
Minhas palavras não surtem efeito!
Já não vejo minha face...
Nada sinto...
Meu coração parou de bater?!
Eu morri?!
Na verdade, eu nunca existi...
Tentei nascer no seu coração,
Crescer, me proliferar,
Mas TU contaminaste me com a pior das pragas,
O mais infétido dos sentimentos: o egoísmo chamado amor.
Por isso, agora, vou partir...
Na sua 'insanidade' me manifestei,
E, após tu me desprezas te
Agora vou,
E comigo te levarei,
pois chamo me Amor,
E sem amor, ser algum é capaz de viver!

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